A Celebração da Menarca “O sentido torna muitas coisas, talvez tudo, suportável.” Carl G. Jung
A Celebração da Menarca “O sentido torna muitas coisas, talvez tudo, suportável.” Carl G. Jung
O sentido nos conecta à realidade, nos faz viver o sentir, mesmo quando há dor, dá coerência ao que somos diante da coletividade, leva luz às sombras e é alimento da alma.
Celebrar os Ritos de Passagem é de extrema importância para a saúde física, psíquica emocional e espiritual da mulher. São neles que todxs participantes atribuem significados, sentidos e sentimentos à conteúdos profundos. Hoje em dia vive-se muito no mecânico, pouco se honra o nascimento, a menarca, o casamento, a morte, a menopausa. É cômodo, é pratico e por viver em uma sociedade que cobra de nós o Tempo, muitas mulheres vivem todos os fatores externos, e não consagram com seu interno, não sentem e vivenciam a importância de cada fase nova que chega a sua vida… Nas tradições antigas, a mudança de estação da Primavera para o Verão era vista como a Terra se transformando de uma menina com suas energias dinâmicas, crescentes, para uma mulher adulta e mãe, com energias mais férteis, suaves e completas. No caminho das Sabedorias Ancestrais acompanhamos as estações da Terra enquanto ela viaja ao redor do Sol, e nessa etapa do ciclo da Natureza – Primavera-Verão – é momento de honrar a fertilidade, abundância, maturidade da nossa Imadamah (Mãe-Terra). Por isso, fazemos uma celebração especial para dar as boas-vindas a essas novas jovens mulheres: o Ritual da Menarca. Uma oportunidade para (re)significar e honrar o Ciclo Menstrual, e adentrar na sabedoria contida nele. A celebração pode incluir meninas mais velhas e mulheres que não tiveram um rito de passagem para esta fase tão marcante na vida de uma mulher. Quando damos as boas-vindas à nossa Lua Vermelha, podemos desbloquear e libertar crenças e padrões limitantes de gerações, despertamos nossa característica cíclica, conectamos com nossa Natureza essencial, acessamos a consciência do que o sangue menstrual pode representar, desde o conhecimento de métodos ancestrais de cura, até o empoderamento que este saber presentifica.
Reconecte-se e dê novos sentidos aos ciclos de vida-morte-vida.
Texto: @cabrasilnog